sexta-feira, 18 de abril de 2008

A briga pelo segundo lugar -- Na internet

Por Paula Barcellos

exame

O comércio eletrônico no Brasil é um universo distinto do varejo tradicional, mas há um ponto em que ambos são muito parecidos. Da mesma forma que a Casas Bahia tornou-se líder absoluta na venda de móveis, eletrodomésticos e eletrônicos no país, a B2W, empresa que concentra os sites Submarino e Americanas.com, domina o varejo online, com 54% de todo o faturamento do setor. Em ambos os cenários, o posto de número 1, de tão distante, já nem é mais tão relevante para os concorrentes, que se engalfinham em torno do segundo lugar. Na internet, a vice-liderança do mercado é ocupada pelo MagazineLuiza.com, seguido de perto por Comprafacil.com, PontoFrio.com e Extra.com. É uma competição dura, que neste ano deve se acirrar com a chegada de novos concorrentes, como Wal-Mart e Carrefour -- isso sem contar a própria Casas Bahia, que desde o ano passado vem ensaiando sua estréia na internet. Todas essas empresas querem garantir seu quinhão em um setor que cresceu 43% em faturamento em 2007, registrou vendas de 6,3 bilhões de reais e deve praticamente dobrar de tamanho até 2010, segundo os cálculos da consultoria Forrester Research.

As vendas pela internet no Brasil seguem uma lógica peculiar. Para o consumidor online, o tamanho da empresa no varejo físico tem pouca relevância no momento da escolha da loja virtual em que fará suas compras. Grandes redes, como Ponto Frio e Extra, estão longe de refletir na internet o peso que têm no varejo tradicional. O Extra.com, principal bandeira do grupo Pão de Açúcar na internet, com faturamento de 218 milhões de reais, detém apenas 3% do mercado e está atrás do Comprafacil.com, loja online do pouco conhecido grupo carioca Hermes, especializado em venda por catálogo. Apesar de existir desde 2000, o site Extra.com passou pelo menos seis anos mergulhado em um estado de letargia, do qual só despertou no ano passado, quando começou a corrigir problemas como dificuldade de navegação, sistemas desatualizados e sortimento limitado de produtos. A loja online do Extra também compartilhava os estoques da rede física, o que implicava uma considerável perda de agilidade frente aos concorrentes com estoques independentes, como a Lojas Americanas e a Americanas.com. "Nos últimos meses, promovemos várias melhorias no site e estamos empenhados em buscar maior eficiência operacional para aumentar as vendas", diz Oderi Gerin Leite, diretor de operações do Extra.com.



Fonte: http://portalexame.abril.com.br/degustacao/secure/degustacao.do?COD_SITE=35&COD_RECURSO=211;831&URL_RETORNO=http://portalexame.abril.com.br/revista/exame/edicoes/0916/negocios/m0157159.html

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