terça-feira, 4 de novembro de 2008

Marcas de food service buscam novos modelos de negócios para crescer

Por Guilherme Neto

Muitos executivos buscam expandir seus negócios na área de alimentação. Em um mercado onde sempre cabe mais um, não é surpreendente que a indústria de alimentos tenha faturado no Brasil R$ 234 bilhões em 2007, segundo dados da Associação Brasileira das Indústria de Alimentação - ABIA.

Dentro dele, destaca-se o setor de Food Service, que faturou R$ 50,3 bilhões no ano passado, um crescimento de 16% em relação a 2006 – contra 11% no varejo alimentício. Esse mercado caracteriza-se por estabelecimentos que oferecem alimentação fora de casa, como hotéis, restaurantes e cafeterias.

O investimento em franquias é o caminho seguido por muitas redes neste ramo, que encontram nesse modelo uma estratégia mais rápida e econômica de expandir a rede por novas regiões. Mas algumas empresas vêem oportunidades em outros formatos e até expandem seus negócios em novas frentes dentro do mercado de alimentos.

Outback: expansão através de lojas próprias
O Outback é um das redes que preferiu utilizar apenas lojas próprias em sua expansão, estratégia seguida pela marca em todo o mundo. A rede de restaurantes com quase mil unidades globalmente, 20 delas no Brasil, escolheu um modelo de sociedade em que cada restaurante é gerenciado por um sócio-proprietário, com responsabilidade direta sobre a operação do restaurante e com foco nos resultados.

A escolha dos sócios é baseada em sua experiência no ramo de restaurantes. “Isso permite um crescimento da empresa em torno de uma estrutura própria, mantendo os padrões da rede. Há um suporte do escritório central em todas as áreas administrativas, o que permite que a equipe que trabalha no restaurante dedique-se exclusivamente à operação”, explica Carolina Correia, Diretora de Marketing do Outback em entrevista ao site.

A manutenção na padronização de lojas de uma rede não é uma dificuldade, segundo a Bon Grillê, rede de grelhados fast-food que já possui mais de 50 lojas em shoppings. “A questão da qualidade padronizada é prioridade. Não apenas nas refeições, mas também na comunicação, atendimento e em questões operacionais. Por isso, temos uma equipe de consultoria de campo que auxilia os franqueados na padronização e como maximizar os resultados”, explica Maria Odete Alves, Gerente de Marketing do Bon Grillê em entrevista ao Mundo do Marketing

Bon Grillê foca em público executivo
O Bon Grillê surgiu em 1994, percebendo a oportunidade em investir em uma alimentação fast-food mais saudável. Essa demanda era notada principalmente entre funcionários de empresa em horário de almoço, que procuravam refeições rápidas que fossem além do sanduíche. Hoje, o público executivo é um dos principais alvos da rede, que possui o “Cartão Executivo”, um programa de fidelidade que dá descontos a lojas presentes no mesmo shopping que a Bon Grillê e que já atende mais de oito mil pessoas.

Agora, a meta do grupo é emplacar novas unidades dentro de empresas. A primeira delas surgiu no ano passado, quando a marca abriu uma unidade dentro do Centro de Produção da Rede Globo, o Projac, no Rio. Em breve, o Bon Grillê deve chegar também aos estúdios da TV Record em São Paulo.

“Há uma alta rotatividade de empresas nesse mercado de alimentação para funcionários. Isso acontece porque os restaurantes não investiam na renovação de seu cardápio. Na rede Bon Grillê, ao contrário, procuramos fornecer uma variedade maior”, explica George Alexandre, Gerente de Operação da rede ao site. A busca por novos públicos também levou o Bon Grillê a investir em sua primeira loja de rua, aberta em agosto no bairro Brooklyn, em São Paulo.

Decisão é feita na praça de alimentação
Nas praças de alimentações de shopping, o Bon Grillê vale-se de materiais de ponto-de-venda e freqüentes promoções para atrair o consumidor, que geralmente decide onde irá se alimentar no próprio local, segundo pesquisas recorrentes do mercado. Uma das estratégias é investir em programas de relacionamento. Além do cartão executivo, a rede trabalha com o Cartão Fidelidade, aberto ao público em geral, e tem parcerias com os programas Dotz e Cartão de Estudante Jovem Pan UNE/UBES.

“Realizamos ainda pesquisa com consumidores regularmente, para descobrirmos mais sobre seus comportamentos e desejos. Todos os meses trabalhos com uma ou mais promoções, seja de preços ou de brindes. Muitas delas são promocionais regionais ou pontuais”, explica Maria, do Bon Grillê.

O Montana Grill, que começou como uma rede de churrascarias e hoje desponta com uma rede de grelhados fast-food concorrente, procura ainda novas frentes de negócio para atuar. Uma delas é o varejo, onde passou a lançar carnes especiais de qualidade superior (foto). Em apenas três meses, a marca atingiu a liderança no segmento de carnes nobres.

Montana Grill expandiu marca em mais duas redes
Há cinco anos, o Grupo Montana Grill mantém uma espécie de “casa de carnes de luxo”. O Montana Carnes, localizado em Campinas, traz uma ambientação que pouco assemelha aos açougues tradicionais, parecendo mais uma grande sessão de carnes em um supermercado. Entre outros diferenciais, estão o serviço de delivery e a preparação de carnes para eventos segundo a demanda do consumidor.

De acordo com Michele Vicentim, Gerente de Marketing do Grupo Montana Grill, ainda não há planos para expandir o Montana Carnes. Por enquanto, os esforços estão concentrados na criação de uma nova linha de negócios: o Montana Steakhouse. O restaurante especializado em carnes seguirá uma linha parecida com a do Outback. “A primeira loja será aberta em Piracicaba, no interior de São Paulo. Para essa nova rede, pretendemos expandir apenas com lojas próprias”, adianta Michele.

Fonte: http://mundodomarketing.com.br/materia.asp?codmateria=6155

Diretor de Marketing pode receber R$ 1 milhão por ano

Por Bruno Mello

Um Diretor de Marketing pode receber de R$ 168 mil a R$ 600 mil por ano no Brasil. Isso, sem contar os bônus, como participação nos lucros da empresa e salários extras por metas alcançadas. Com companhias pagando até 20 salários como recompensa, ou sete a mais, este valor pode chegar a R$ 1 milhão.

Este é um mundo para poucos profissionais, com mais de 15 anos de carreira e empregados em grandes empresas, mas é real, segundo pesquisa realizada pela Robert Half com 1.500 profissionais de Marketing. O estudo obtido com exclusividade pelo Mundo do Marketing mostra também que um profissional em início de carreira recebe, em média, a metade do salário de quem é mais experiente.

Substituir um profissional sênior por um junior, portanto, é uma questão que tem a ver com custo. “Certamente o sênior custa mais caro, mas ele traz mais experiência e pode ajudar na operação. O problema é que as empresas não têm como pagar tantos profissionais sêniors. Elas acabam promovendo profissionais que às vezes não estão preparados para assumir certos cargos”, aponta Adriana Cambiaghi, especialista em recrutamento da Robert Half.

Menos salário fixo, mais bônus
Para não onerar a folha de pagamento, as empresas optam por fazer menos reajuste nos salários fixos e aumentam o número de bonificações por resultado. De acordo com um estudo feito pela consultoria Hay Group, os bônus podem chegar a 56% do salário base, que incluem até distribuição de opções de ações das companhias. “Cada vez mais os salários variáveis são maiores”, ratifica Adriana.

O pacote de remuneração desses executivos, entretanto, nem sempre é tão vantajoso assim. “Existe um número cada vez maior de profissionais que reclamam que as empresas fazem reestruturação achatando salários”, aponta a especialista da Robert Half. Este foi um dos motivadores da pesquisa, que serve como um balizador para os profissionais e para as empresas da média salarial do mercado.

O levantamento feito Robert Half mostra ainda que as empresas de pequeno e médio porte estão com maior demanda por profissionais de Marketing. Entre as funções que mais se destacaram, agora entre as grandes companhias, neste primeiro guia desenvolvido pela consultoria está a de Trade Marketing. Um Gerente de Trade Marketing recebe um salário fixo equivalente a um Gerente de Marketing, entre R$ 10 e 25 mil por mês, dependendo da experiência e do tamanho da empresa.

Veja o Guia Salarial de Marketing e Vendas completo a seguir e baixe aqui.


Fonte: http://mundodomarketing.com.br/materia.asp?codmateria=6180