quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Marketing bem vestido: Cia do Terno ganha mercado vendendo produto mais barato

Por Thiago Terra
thiago@mundodomarketing.com.br

Usar terno e gravata no Brasil não é mais privilégio apenas para homens bem sucedidos, ricos e poderosos. Apesar do calor humano e das temperaturas elevadas características do nosso país, os brasileiros não tão providos de dinheiro hoje já tem acesso a esta vestimenta de origem francesa.

Desde o ano 2000, a Cia do Terno oferece produtos de qualidade e aposta no ponto-de-venda e no boca-a-boca como estratégia de Marketing para atrair clientes e se diferenciar da concorrência através de preços atrat ivos com foco nas classes C e D. Ao instalar sua primeira loja em um shopping em Belo Horizonte (MG), a Cia do Terno manteve fiel as raízes mineiras, o que fez com que a empresa hoje esteja presente em 15 estados do Brasil.

Apesar do aumento do poder econômico principalmente da classe C brasileira e com o crescimento das igrejas evangélicas e de trabalhos autônomos como o de segurança em todo o país, que exigem a formalidade francesa, a maior procura por ternos não ilude o presidente da empresa, Pedro Paulo Drumonnd. Para ele, o atendimento especializado, a qualidade do produto e o preço acessível são os pilares que sustentam o Marketing da Cia do Terno.

Qualidade, atendimento e preço
Depois de trabalhar no atacado de Minas Gerais em uma confecção criada junto com as irmãs, Pedro Paulo Drumonnd ficou responsável pelos produtos voltados ao público masculino e logo tratou de direcionar o negócio para o menos favorecidos. “Em setembro do ano 2000 a Cia do Terno abriu a primeira loja e apostamos no ponto-de-venda para divulgar a marca. Estávamos concentrados em firmar lojas no estado primeiramente. Trabalhamos com muito boca-a-boca e preço acessível, até melhorar a qualidade do produto”, diz Pedro Drumonnd (foto) em entrevista ao Mundo do Marketing.

Apesar da lentidão para ganhar o mercado local, Drumonnd acreditava que com qualidade a empresa aos poucos iria se consolidar, mesmo sabendo que o consumidor brasileiro resiste em mudar seus hábitos de compra. Com o posicionamento voltado para as classes C e D, a Cia do Terno começou a chamar a atenção dos consumidores. “Houve uma migração de clientes da classe B que passaram a comprar produtos da Cia do Terno porque perceberam que estavam pagando mais caro por produtos de menor qualidade”, explica Drumonnd, presidente da empresa.

Com esta realidade, a Cia do Terno passou a adotar uma estratégia para manter os atuais clientes e conquistar os dos concorrentes. Um dos diferenciais da empresa está no ponto-de-venda com atendimento especializado, além de alfaiates disponíveis nas lojas para personalizar os ternos de acordo com o gosto de cada consumidor sem nenhum custo adicional pelo serviço.

Investimento e público modestos
Assim como o jeito mineiro de seu fundador, a Cia do Terno é administrada com cautela e sem alarde. Basta perceber que a empresa não costuma estar na grande mídia como TV, por exemplo. Mesmo com foco no PDV, a empresa não consegue acompanhar o ritmo de crescimento do varejo. “Em diversos lugares do Brasil estão sendo inaugurados shoppings, mas o crescimento não é igual para quem quer abrir novas lojas e isso dificulta cada vez mais o alcance de uma marca”, aponta o presidente da Cia do Terno.

Sem verba para divulgar a empresa em mídias cada vez mais caras, a Cia do Terno trabalha a sua comunicação com foco em outras ferramentas. “Estamos usando a mídia dos carrinhos em aeroportos e outdoor na entrada de cidades onde temos lojas. Dependendo do custo e da localização usamos o front light nas peças, mas a marca se tornou conhecida através do boca-a-boca e também do custo-benefício dos produtos”, afirma Claudio Campos, responsável pelo Marketing da empresa.

O executivo explica que o principal desafio da empresa nunca foi atingir 100% do território nacional ou abrir lojas no exterior, mas sim oferecer produtos de qualidade para pessoas que não tinham acesso. “Temos um rigoroso controle de qualidade porque sabemos que algumas pessoas são obrigadas a trabalhar de terno como os seguranças, por exemplo”, ressalta Campos em entrevista ao site.


Ponto-de-venda da Cia do Terno é um dos diferenciais da empresa

Projetos para 2009
Para este ano, o objetivo da empresa a princípio, em função do atual momento econômico, será manter o mesmo trabalho realizado em 2008. “Manteremos o patrocínio ao time de vôlei do Mackenzie pelo menos até o final da Superliga, além das ativações locais nas cidades. Ao invés de mídia nacional, faremos ações localizadas. Ano passado o investimento em Marketing foi o maior da história, atingindo R$ 3,5 milhões”, conta Pedro Drumonnd.

As estratégias de Marketing da Cia do Terno são desenvolvidas de acordo com a necessidade da empresa. Hoje, uma destas necessidades é atender um público diferente do que comprava há três, quatro anos. Buscamos consolidar os clientes que temos, assim como as nossas lojas. “Não estamos com gana de crescimento porque estamos satisfeito com o que já conquistamos, mas os clientes que migrarem para a Cia do Terno serão muito bem recebidos”, completa Drumonnd.


Fonte: http://www.mundodomarketing.com.br/materia.asp?codmateria=6728

Ex-camelô que virou palestrante de Marketing abre lojas e minimiza crise

Por Thiago Terra

Em tempos de crise econômica, as empresas buscam exemplos de superação e de criatividade para aplicar em seu dia-a-dia a fim de minimizar o impacto em seu lucro. Depois de conceder entrevista ao Mundo do Marketing há quase três anos, David Portes volta a falar sobre Marketing e do crescimento de sua banca de doces que deu origem a um restaurante e uma cafeteria no Rio de Janeiro.

Se em 2006 Portes tirava onda com um carro avaliado em R$ 200 mil, hoje o ex-camelô desfila pelas ruas da cidade de BMW ou com um moderno Land Rover e já fala em abrir franquias de sua cafeteria em todo o país. Com dois livros lançados, David Portes é palestrante profissional sobre Marketing e prepara o caderno para começar a cursar faculdade de Administração e Marketing em Portugal.

Sem medo da crise econômica mundial, o empresário lembra das dificuldades que passava ao morar em sua banca de doces e aproveita para indicar o caminho do sucesso. De acordo com Portes, é nos momentos mais difíceis que descobrimos as melhores saídas.


David Portes posa para foto com seus dois carros importados no Rio de Janeiro

Oportunidade com a crise
David Portes lançou dois volumes de seu livro, mas não atingiu o número de exemplares vendidos que gostaria. Com aproximadamente 28 mil cópias comercializadas, ele acredita que este é momento ideal para investir na divulgação dos títulos por causa do momento em que o país atravessa. “Se eu divulgar como as palestras, será muito bem aceito pelo público principalmente por causa da crise”, diz David Portes em entrevista ao Mundo do Marketing.

O empresário acredita que são nestes momentos que os brasileiros levam vantagem por ser um povo criativo e que basta olhar para a palavra “crise” que é possível achar a solução. “Se tirarmos o ‘s’ da palavra forma-se uma outra”, ressalta o ex-camelô.

No Brasil, Portes sabe que o Marketing está no caminho certo, mas que é preciso manter a clareza na comunicação com o público. “O Marketing está dando bons resultados quando feito com transparência, propósito e objetivo. No Brasil, a empresa que se preza não fica sem Marketing”, acredita.


David apresenta sua banca de doces antes de ser modificada pela Prefeitura da cidade

Lojas abrem mercado de franquias
A Banca do David cresceu, apareceu e já está em processo de abertura de franquia. Não da banca em si, mas da Banca do David Café, uma cafeteria desenvolvida em moldes italianos que já está registrada na Associação Brasileira de Franchising. “Estou esperando apenas a crise passar para começar a abrir as franquias”, diz Portes ao site.

Além da cafeteria, o empreendedor David Portes também criou um restaurante com capacidade para 300 pessoas no centro do Rio de Janeiro. O Banca do David Grill conta com serviços de call center e de entrega, sem contar o site www.bancadodavid.com.br, que oferece todas as informações sobre a história do empresário. “Hoje tenho 34 funcionários diretos e a banca passou a ser apenas um point porque tive que dividi-la em dois por conta de uma decisão da prefeitura”, conta o executivo.

O sucesso dos serviços de call center e delivery oferecidos na Banca do David fez com que o ex-camelô implantasse o sistema também nas lojas. “Quanto mais honestidade, responsabilidade e bom atendimento, maior a quantidade de pedidos e, assim, cresce o número de funcionários. São três para entregar na região próxima ao restaurante e um que fica na banca”, ensina.


Banca do David Café é a segunda loja que nasceu devido ao sucesso do ex-camelô

Criatividade, banco de dados e pesquisa
Quanto à crise que toma conta do planeta, Portes não vê grandes dificuldades pela frente. “O Brasil cresceu e se estruturou muito bem e acredito que terá uma pequena onda de desemprego, mas nada alarmante. Temos que ter atitude e fazer as coisas acontecerem e não esperarmos para investir no futuro porque assim não aproveitaremos os ensinamentos que uma crise pode oferecer”, aponta.

Assim como nos tempos de camelô, o empresário investe em um banco de dados baseado em promoções com cupons para cadastrar clientes e, de acordo com ele, está é uma ferramenta importante para saber o perfil do consumidor. “Na banca tivemos que parar por causa da prefeitura, enquanto não renovamos a autorização. Já no restaurante oferecemos cartão de fidelidade e promoções como uma viagem para um hotel na montanha”, diz.

Além do banco de dados, o empresário sabe da importância de realizar constantes pesquisas de mercado. “Sempre fazemos para saber o que o cliente quer de produto, promoção, tendências, entre outros. São dados corretos para que possamos fazer as estratégias de Marketing com base no que o consumidor nos falou”, afirma.

Novos rumos
Prestes a entrar em uma sala de faculdade, Portes já passou por países como EUA, Chile, Argentina e Angola dando palestras sobre sua história de vida. O ex-camelô inicia este ano o curso de Administração e Marketing em uma universidade de Portugal e entende que o momento não poderia ser melhor. “O Marketing está cada vez mais infiltrado nas empresas e quem não se juntar estará na mesmice e ficará para trás” avalia.

Segundo David Portes, trabalhar a imagem de uma marca é algo que a humanidade tem feito há cerca de dois mil anos. “Basta pensar em Jesus Cristo, que até hoje é lembrado pelo povo. Quem é visto também é notado e o Marketing é simples desde que feito com criatividade, transparência e honestidade. Caso contrário funciona como uma gota de veneno em balde de água, ou seja, contamina tudo”, completa.


Fonte: http://www.mundodomarketing.com.br/materia.asp?codmateria=6817

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Marcas de food service buscam novos modelos de negócios para crescer

Por Guilherme Neto

Muitos executivos buscam expandir seus negócios na área de alimentação. Em um mercado onde sempre cabe mais um, não é surpreendente que a indústria de alimentos tenha faturado no Brasil R$ 234 bilhões em 2007, segundo dados da Associação Brasileira das Indústria de Alimentação - ABIA.

Dentro dele, destaca-se o setor de Food Service, que faturou R$ 50,3 bilhões no ano passado, um crescimento de 16% em relação a 2006 – contra 11% no varejo alimentício. Esse mercado caracteriza-se por estabelecimentos que oferecem alimentação fora de casa, como hotéis, restaurantes e cafeterias.

O investimento em franquias é o caminho seguido por muitas redes neste ramo, que encontram nesse modelo uma estratégia mais rápida e econômica de expandir a rede por novas regiões. Mas algumas empresas vêem oportunidades em outros formatos e até expandem seus negócios em novas frentes dentro do mercado de alimentos.

Outback: expansão através de lojas próprias
O Outback é um das redes que preferiu utilizar apenas lojas próprias em sua expansão, estratégia seguida pela marca em todo o mundo. A rede de restaurantes com quase mil unidades globalmente, 20 delas no Brasil, escolheu um modelo de sociedade em que cada restaurante é gerenciado por um sócio-proprietário, com responsabilidade direta sobre a operação do restaurante e com foco nos resultados.

A escolha dos sócios é baseada em sua experiência no ramo de restaurantes. “Isso permite um crescimento da empresa em torno de uma estrutura própria, mantendo os padrões da rede. Há um suporte do escritório central em todas as áreas administrativas, o que permite que a equipe que trabalha no restaurante dedique-se exclusivamente à operação”, explica Carolina Correia, Diretora de Marketing do Outback em entrevista ao site.

A manutenção na padronização de lojas de uma rede não é uma dificuldade, segundo a Bon Grillê, rede de grelhados fast-food que já possui mais de 50 lojas em shoppings. “A questão da qualidade padronizada é prioridade. Não apenas nas refeições, mas também na comunicação, atendimento e em questões operacionais. Por isso, temos uma equipe de consultoria de campo que auxilia os franqueados na padronização e como maximizar os resultados”, explica Maria Odete Alves, Gerente de Marketing do Bon Grillê em entrevista ao Mundo do Marketing

Bon Grillê foca em público executivo
O Bon Grillê surgiu em 1994, percebendo a oportunidade em investir em uma alimentação fast-food mais saudável. Essa demanda era notada principalmente entre funcionários de empresa em horário de almoço, que procuravam refeições rápidas que fossem além do sanduíche. Hoje, o público executivo é um dos principais alvos da rede, que possui o “Cartão Executivo”, um programa de fidelidade que dá descontos a lojas presentes no mesmo shopping que a Bon Grillê e que já atende mais de oito mil pessoas.

Agora, a meta do grupo é emplacar novas unidades dentro de empresas. A primeira delas surgiu no ano passado, quando a marca abriu uma unidade dentro do Centro de Produção da Rede Globo, o Projac, no Rio. Em breve, o Bon Grillê deve chegar também aos estúdios da TV Record em São Paulo.

“Há uma alta rotatividade de empresas nesse mercado de alimentação para funcionários. Isso acontece porque os restaurantes não investiam na renovação de seu cardápio. Na rede Bon Grillê, ao contrário, procuramos fornecer uma variedade maior”, explica George Alexandre, Gerente de Operação da rede ao site. A busca por novos públicos também levou o Bon Grillê a investir em sua primeira loja de rua, aberta em agosto no bairro Brooklyn, em São Paulo.

Decisão é feita na praça de alimentação
Nas praças de alimentações de shopping, o Bon Grillê vale-se de materiais de ponto-de-venda e freqüentes promoções para atrair o consumidor, que geralmente decide onde irá se alimentar no próprio local, segundo pesquisas recorrentes do mercado. Uma das estratégias é investir em programas de relacionamento. Além do cartão executivo, a rede trabalha com o Cartão Fidelidade, aberto ao público em geral, e tem parcerias com os programas Dotz e Cartão de Estudante Jovem Pan UNE/UBES.

“Realizamos ainda pesquisa com consumidores regularmente, para descobrirmos mais sobre seus comportamentos e desejos. Todos os meses trabalhos com uma ou mais promoções, seja de preços ou de brindes. Muitas delas são promocionais regionais ou pontuais”, explica Maria, do Bon Grillê.

O Montana Grill, que começou como uma rede de churrascarias e hoje desponta com uma rede de grelhados fast-food concorrente, procura ainda novas frentes de negócio para atuar. Uma delas é o varejo, onde passou a lançar carnes especiais de qualidade superior (foto). Em apenas três meses, a marca atingiu a liderança no segmento de carnes nobres.

Montana Grill expandiu marca em mais duas redes
Há cinco anos, o Grupo Montana Grill mantém uma espécie de “casa de carnes de luxo”. O Montana Carnes, localizado em Campinas, traz uma ambientação que pouco assemelha aos açougues tradicionais, parecendo mais uma grande sessão de carnes em um supermercado. Entre outros diferenciais, estão o serviço de delivery e a preparação de carnes para eventos segundo a demanda do consumidor.

De acordo com Michele Vicentim, Gerente de Marketing do Grupo Montana Grill, ainda não há planos para expandir o Montana Carnes. Por enquanto, os esforços estão concentrados na criação de uma nova linha de negócios: o Montana Steakhouse. O restaurante especializado em carnes seguirá uma linha parecida com a do Outback. “A primeira loja será aberta em Piracicaba, no interior de São Paulo. Para essa nova rede, pretendemos expandir apenas com lojas próprias”, adianta Michele.

Fonte: http://mundodomarketing.com.br/materia.asp?codmateria=6155

Diretor de Marketing pode receber R$ 1 milhão por ano

Por Bruno Mello

Um Diretor de Marketing pode receber de R$ 168 mil a R$ 600 mil por ano no Brasil. Isso, sem contar os bônus, como participação nos lucros da empresa e salários extras por metas alcançadas. Com companhias pagando até 20 salários como recompensa, ou sete a mais, este valor pode chegar a R$ 1 milhão.

Este é um mundo para poucos profissionais, com mais de 15 anos de carreira e empregados em grandes empresas, mas é real, segundo pesquisa realizada pela Robert Half com 1.500 profissionais de Marketing. O estudo obtido com exclusividade pelo Mundo do Marketing mostra também que um profissional em início de carreira recebe, em média, a metade do salário de quem é mais experiente.

Substituir um profissional sênior por um junior, portanto, é uma questão que tem a ver com custo. “Certamente o sênior custa mais caro, mas ele traz mais experiência e pode ajudar na operação. O problema é que as empresas não têm como pagar tantos profissionais sêniors. Elas acabam promovendo profissionais que às vezes não estão preparados para assumir certos cargos”, aponta Adriana Cambiaghi, especialista em recrutamento da Robert Half.

Menos salário fixo, mais bônus
Para não onerar a folha de pagamento, as empresas optam por fazer menos reajuste nos salários fixos e aumentam o número de bonificações por resultado. De acordo com um estudo feito pela consultoria Hay Group, os bônus podem chegar a 56% do salário base, que incluem até distribuição de opções de ações das companhias. “Cada vez mais os salários variáveis são maiores”, ratifica Adriana.

O pacote de remuneração desses executivos, entretanto, nem sempre é tão vantajoso assim. “Existe um número cada vez maior de profissionais que reclamam que as empresas fazem reestruturação achatando salários”, aponta a especialista da Robert Half. Este foi um dos motivadores da pesquisa, que serve como um balizador para os profissionais e para as empresas da média salarial do mercado.

O levantamento feito Robert Half mostra ainda que as empresas de pequeno e médio porte estão com maior demanda por profissionais de Marketing. Entre as funções que mais se destacaram, agora entre as grandes companhias, neste primeiro guia desenvolvido pela consultoria está a de Trade Marketing. Um Gerente de Trade Marketing recebe um salário fixo equivalente a um Gerente de Marketing, entre R$ 10 e 25 mil por mês, dependendo da experiência e do tamanho da empresa.

Veja o Guia Salarial de Marketing e Vendas completo a seguir e baixe aqui.


Fonte: http://mundodomarketing.com.br/materia.asp?codmateria=6180

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

São Paulo cria cadastro para consumidores não receberem ligações de telemarketing

Por Guilherme Neto

O governador de São Paulo, José Serra, sancionou o projeto de lei 478/2008, de autoria do deputado Jorge Caruso, que cria o Cadastro para Bloqueio do Recebimento de Ligações de Telemarketing de São Paulo e foi aprovado pela Assembléia Legislativa do estado na semana passada.

Em breve, os consumidores titulares de linhas telefônicas fixas ou móveis com DDD do Estado de São Paulo que não queiram mais receber ligações de Telemarketing poderão pedir junto ao Procon do estado que integrem o cadastro. Não há restrição quanto ao número de linhas a serem cadastrados por pessoa e, quando quiser, o consumidor poderá pedir para sair da lista.

Iniciativa semelhante ocorreu no Distrito Federal este ano, onde foi aprovada pelo governador José Roberto Arruda (DEM) em junho a lei "Não me Importune", de autoria do deputado Rogério Ulysses (PSB).

Inspiração veio dos Estados Unidos
Ambas as leis baseiam-se no cadastro Do Not Call, criado em junho de 2003 nos Estados Unidos e controlado pela Federal Trade Comission, órgão federal que regula a economia do país. Até o mês passado, mais de 175,5 milhões de telefones nos EUA já haviam sido cadastrados. A medida influenciou outras nações a aprovarem leis semelhantes, como Canadá, Reino Unido e Austrália.

Em São Paulo, o Procon já começou a definir como funcionará o cadastro. Por enquanto, há estudos para que possa ser preenchido pela Internet e para que o consumidor autorize quais empresas poderão telefonar. A partir de 30 dias do cadastramento, qualquer empresa que ligar oferecendo produtos a integrantes da lista poderá sofrer multas de R$ 200 até R$ 3 milhões, de acordo com a gravidade do caso e o porte da empresa. O PROCON ficará encarregado de divulgar e administrar o cadastro perante consumidores e empresas.

A Associação Brasileira de Telesserviços (ABT) repudiou a medida e a acusou de inconstitucional. Para o PROCON, porém, a medida não prejudica, mas facilita o trabalho das empresas de telemarketing. "Essas empresas terão uma informação valiosa que as farão poupar tempo e dinheiro ao não ligar para essas pessoas, cujos contatos geralmente não resultavam em vendas", explica Carlos Coscarelli, assessor-chefe da diretoria executiva do PROCON-SP em entrevista ao Mundo do Marketing. Segundo ele, o cadastro será constantemente atualizado e disponível no sistema da entidade, que poderá ser consultado a qualquer momento pelas empresas.

Cadastro será regulamentado nos próximos dias
Jorge Caruso, autor da nova lei, também defende a constitucionalidade e, por meio de sua assessoria de imprensa, discordou da afirmação que o cadastro provocaria desemprego no setor, já que nem todos adeririam ao cadastro. Segundo a ABT, o estado emprega 250 mil operadores de telemarketing. A entidade argumenta que a auto-regulamentação do setor é a melhor maneira de solucionar o problema.

Apesar de não manter um registro de reclamações contra ações de telemarketing, uma vez que não era uma operação ilegal até então, Coscarelli afirma que na convivência do PROCON com consumidores nota-se uma insatisfação de muitas pessoas contra possíveis abusos por parte de operadoras de telemarketing, com ligações em horário impróprio ou na insistência da venda de algum produto. “O cadastro é uma solução positiva para esses consumidores insatisfeitos”, explica.

Um decreto deverá ser divulgado pelo Procon nos próximos dias, detalhando como funcionará o cadastro. As empresas terão de 30 a 60 dias para se adequar à nova lei. Enquanto isso, alguns deputados federais tentam emplacar leis semelhantes no Congresso, como Júlio Delgado (PSB-MG) e Ayrton Xerez (DEM-RJ). Em Alagoas, o "Projeto do Não Perturbe", uma proposta semelhante do deputado estadual Alberto Sextafeira (PSB), foi vetado pelo governador do estado, Teotônio Vilela Filho (PSDB), que a acusou de inconstitucional.


Fonte: http://mundodomarketing.com.br/materia.asp?codmateria=5937

Motivação para melhorar o Call Center

Por Thiago Terra

O segmento de Call Center sofreu diversas alterações legislativas impostas pelo Governo, que visam melhorar o atendimento ao público, que reclama constantemente deste serviço hoje oferecido por empresas de diversos setores. Para alguns especialistas e profissionais de Call Center, as companhias deste setor precisam buscar a diferenciação na equipe, através da motivação dos seus operadores.

Por isso, a Abemd (Associação Brasileira de Marketing Direto) realizou um evento no Rio de Janeiro para incentivar e ressaltar a importância da liderança nos Call Centers. O objetivo do encontro foi demonstrar que a prática é bastante diferente da teoria de que o operador e as empresas de Call Center estão sendo valorizados cada vez mais.

Com o crescimento de profissionais buscando o primeiro emprego nesta área, o Call Center acompanha a demanda por serviços de atendimento ao cliente. Mas ainda é necessário não só treinar os operadores, mas também motivá-los para que o atendimento e a imagem do Telemarketing saiam do gerúndio e cheguem ao presente com qualidade e adequadamente valorizado.

Motivar X Desmotivar
Em um ambiente onde é preciso paciência e concentração para dar informações corretas ao consumidor, o contraste se dá por conta dos diversos profissionais de primeira viagem que recebem esta responsabilidade. Para conduzi-los de forma correta e ainda buscar o diferencial no atendimento, o papel principal do líder é motivar a sua equipe.

De acordo com Fernanda Louzada, gerente de relacionamento com o cliente da Casa & Vídeo, este profissional é responsável por entender porque alguns atendentes não cooperam tanto quanto outros. Ele deve motivar e lidar com diferentes personalidades de forma linear e objetiva. “A motivação nasce na necessidade, mas o líder precisa estimular e provocar a motivação dos profissionais mostrando o significado do trabalho deles e desafiando-os constantemente”, acredita Fernanda.

Uma das maneiras de motivar os operadores é através do que a empresa oferece. Benefícios, determinar o papel social de cada um em uma organização e na sociedade, reconhecer o trabalho e criar desafios são as propostas mais comuns. Porém, nem sempre estes atributos são divulgados ou reconhecidos em uma operação de Call Center. Quando isso acontece, a motivação do operador termina como uma ligação por engano. “Não reconhecer o trabalho, ignorar o desempenho da equipe ou não ter tempo para escutar estes profissionais gera o resultado inverso”, diz Fernanda.

::Dia Diferente Casa & Vídeo::
A rede de varejo de eletroeletrônicos do Rio de Janeiro promove o Dia Diferente com o objetivo de integrar os funcionários e descontrair o ambiente de trabalho. Máscaras, óculos, brega e peruca foram alguns dos temas do Dia Diferente onde o funcionário mais original ganha uma folga no mês. A companhia oferece ainda o Dia do Envolvimento, onde a gerente Fernanda Louzada faz reunião no último dia de cada mês com os funcionários para envolvê-los nas estratégias e objetivos da Casa & Vídeo.
Maiores salários e planos de carreira
Na Casa & Vídeo, Fernanda Louzada participou da aplicação de ações de envolvimento para melhorar o ambiente entre os funcionários e, conseqüentemente, os resultados da operação. Segundo a executiva, compartilhar a missão, visão e valores da empresa com os agentes – tarefa que pode parecer simples e pouco representativa para motivar – tem grande impacto se inserida no contexto do trabalho. “Relacionamos a estratégia da empresa com a visão da Casa & Vídeo, além de reuniões com os agentes para identificar melhorias necessárias”, conta.

A estratégia de envolver o colaborador com as causas e objetivos da empresa agregou algumas ações comuns ao setor como comemorações em datas especiais do calendário e aniversariantes do mês, decoração do ambiente de trabalho, entre outras. Mesmo assim, ainda não havia algo realmente diferente do que já é apresentado nos Call Centers atualmente.

A partir daí, a Casa & Vídeo começou a rever a política salarial da empresa, que estava abaixo do mercado. “Esta foi uma das formas que encontramos para diminuir a rotatividade de funcionários na empresa, além dos planos de carreira desenvolvidos para os agentes”, avalia Fernanda.

Pensar fora da caixa
Desafiar o que está estabelecido pode parecer ousadia se aplicada ao dia-a-dia de uma empresa. Porém, no serviço de Call Center pode gerar grande impacto e novos caminhos. “Uma instituição financeira usa a URA - vista com desprezo por muitos consumidores – para fechar empréstimos com pessoas que não querem explicar o motivo para pegar empréstimo. Isto é pensar fora da caixa”, aponta Jefrey Costa, professor de Marketing Direto, Call Center, Relacionamento, Atendimento a Clientes e Negociação da FGV, Estácio de Sá e IBMEC.

De acordo com Costa, existem cinco princípios que fazem de um executivo um verdadeiro líder. “É preciso ter também uma visão do futuro, dar liberdade para os agentes sugerirem melhorias, mostrar para eles o caminho certo a seguir na empresa e despertar a motivação que já existe dentro destas pessoas”, resume o Diretor de regionais da Abemd.

Benefício educacional como motivação
Há oito anos atuando no Brasil, a Contax se tornou uma das principais empresas empregadoras de Call Center, atingindo aproximadamente 67 mil empregos em diferentes regiões do país. Atualmente, a empresa é sustentada por três pilares básicos. “Capacitação e desenvolvimento de profissionais para outros cargos na empresa, gestão de desempenho, motivação e engajamento”, ressalta Anna Letícia Azevedo, Gerente de RH da Contax.

A Contax também desenvolve programas para que seus colaboradores percebam o seu valor na equipe e não migrem de uma empresa para outra como normalmente acontece neste setor. Evoluir Contax, Degrau Contax Apareça e Cresça, Programa Crescer e Trilha Contax fazem parte da estratégia de motivação para seus funcionários.

O Programa Crescer oferece aos agentes de Call Center a oportunidade de ingressar em uma faculdade através de cursos relacionados ao trabalho desenvolvido na Contax. “Patrocinamos cursos universitários para supervisores e atendentes que se destacam na empresa. Temos parceria com a Estácio de Sá no Rio de Janeiro e com a Universidade Nove de Julho (Uninove) em São Paulo. Este ano temos 650 alunos participando”, diz Anna Letícia.


Fonte: http://mundodomarketing.com.br/materia.asp?codmateria=5687

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Operadora paga atores para formar fila pelo iPhone na Polônia

Quando a Apple lançou o iPhone 3G nos Estados Unidos, em julho, alguns aficionados em tecnologia aceitaram pagar para serem os primeiros a comprar o aparelho. Na Polônia, as pessoas estão sendo pagas para formar a fila.

Como parte de uma campanha de marketing para o lançamento do celular no país, nesta sexta-feira (22), a operadora Orange está pagando dezenas de atores para ficar em filas nas lojas.

Divulgação
Empresa decidiu pagar atores para formar filas e alavancar interesse pelo iPhone 3G na Polônia
Empresa decidiu pagar atores para formar filas e alavancar interesse pelo iPhone 3G

"Nós temos filas falsas em 20 lojas pelo país para alavancar o interesse no iPhone", afirmou um porta-voz da empresa. A Apple diz ter vendido 1 milhão de unidades do iPhone 3G em mais de 20 países no primeiro fim de semana do produto das lojas.

Entretanto, consumidores poloneses parecem estar relutantes em pagar as tarifas mensais das operadoras.

Não há filas nas lojas da T-Mobile, a outra operadora que também vai lançar o celular, mas não pagou atores. No total, a expectativa é que o celular chegue a 70 países até o fim do ano.

As empresas Claro e Vivo já anunciaram acordos que as permitirão negociar o celular no mercado brasileiro. A Tim ainda busca um acordo com a Apple, por meio da Telecom Itália, para lançar o iPhone 3G junto com seus concorrentes no Brasil.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u436437.shtml